Apesar de todos nós adorarmos jogar YuGiOh não é sempre que estamos dispostos a gastar e jogar o competitivo, então muitas vezes nos pegamos jogando com decks diferentes, sejam casuais ou mais para diversão mesmo, fazer aquela jogada impossível para se sentir um personagem do anime ou outra coisa. Geralmente todo jogador competitivo também tem aquele deck para brincar, o casual, onde nós realmente nos divertimos com o jogo e não apenas pensando em ganhar. Com esse meu artigo de hoje irei abrir a nossa semanal casual, e cada um de nós escritores escolhemos um deck que gostamos mais para fazer um artigo, e como eu geralmente gosto de algo que além de me divertir me faça ter uma chance de bater nos principais deck, e por isso escolhi o Phantasm Spiral!

– Como funciona?

      Acho que nada melhor que começar respondendo já isso. Sim o deck é totalmente viável contra o Meta atual, já que as suas builds jogam com aspectos de anti-meta, e suas cartas são extremamente versáteis e ideias para o metagame atual. O estilo de jogo do deck é um beatdown tradicional, trazer monstros fortes para o campo e com auxílio das mágicas e armadilhas ir limpando e controlando o campo para que seja fácil o jogo.

    Vamos começar explicando cada carta específica do deck, A principal carta e único monstro: Phantasm Spiral Dragon, lv8 wyrm, sem efeito, com seus 2900 de ATK e defesa. Ele é o principal monstro e funciona para usar as demais cartas.

Mágicas:

      Existem 4 mágicas do arquétipo, “Pacifis, the Phantasm City“, “Phantasm Spiral Crash”, “Phantasm Spiral Grip” e “Phantasm Spiral Wave”. Cada uma tem sua importância no deck, porém o campo, Pacifis, é definitivamente a melhor carta do deck, e com certeza o melhor campo da coleção Maximum Crisis(abraços Diagrams). Pacifis é básicamente o motor do deck, você quer que ela fique no campo o máximo de tempo possível. Pacifis invoca monstros e busca as cartas mágicas e armadilhas, permitindo as armadilhas serem ativadas da mão, é uma carta excelente, e por ser campo é possível de se usar +3 cópias(Terraformings) e outras mais caso use um outro campo com auxílio da Set Rotation. O deck contém apenas monstros normais então as restrições jamais serão um problema. O token gerado tem também os status perfeitos para o deck, o que veremos mais pra frente.

      Agora entre os 3 equipamentos do arquétipo, todos eles tem a caracteristica que quando o monstro equipado realiza um tipo diferente de ação na batalha ele dá algum efeito invocando o Phantasm Spiral e re-equipa nele. Em base dos meus testes o mais importante deles é o Phantasm Spiral Grip, que além de dar 500 de ATK(verão como isso é importante), ele também dá 1000 de dano invocando um Phantasm Spiral e re-equipando, o permitindo atacar ainda esse turno. Em segundo a Phantasm Spiral Wave apesar de dar efeito apenas na final da Battle que batalhou, faz o oponente descartar uma carta da mão para dar maior controle. A última e talvez menos importante, depois de dar dano no oponente, invoca o monstro e re-equipa o equipamento, depois pode mudar um monstro do oponente em ataque para defesa e furar defesa novamente. Em resumo todas as 3 são muito boas, e tem que ser bem equilibrada no deck, a que ganha 500 de ATK geralmente é mais importante por que torna os atks em numeros relevantes, como fazendo o Phantasm Spiral passar por cima dos Master Peaces.

Armadilhas:

      Essas não são as peças principais, mas ajudam a fazer o motor funcionar. “Phantasm Spiral Battle“, “Phantasm Spiral Power” e “Phantasm Spiral Assault“. Começando pela Assault, essa definitivamente você não quer usar, ela é muito ruim e lenta para um jogo mais competitivo e decks reais, pura ilusão, então vamos as boas. A principal armadilha é a Phantasm Spiral Battle, que você pode ativar e destruir uma carta do oponente, e caso tiver Umi(Pacifis) no campo, você pode ativá-la da mão. Um alto controle de campo e possível de se ativar mais de uma vez por turno, e seu efeito no cemitério ainda não é ruim. Excelente carta e certeza de 3 cópias no deck! A segunda mais importante é a Power que nem sempre usada 3 cópias, as vezes 1, as vezes 2, o efeito da Phantasm Spiral Power é básicamente negar 1 monstro e diminuir 1000 de atk até a End Phase. Forte carta no campo e mais forte no cemitério, que pode ser removida a qualquer hora para equipar um equip do arquétipo da mão ou cemitério em um monstro amarelo que você controla. Agora depois de apresentar as cartas, vamos as maneiras de jogar.

– Opções de construir o deck:

        O deck por mais incrível que pareça existem algumas opções de jogar, e irei mostrar duas aqui. Uma primeira é a mais tradicional, e a segunda uma que está sendo novidade. Primeiro irei mostrar as cartas que podem ser usadas e depois mostrarei as Engines que podem ser usadas. Vamos inicialmente as cartas que podem ser usadas:

Monstros:

      Os monstros que ditam a Engine que será usada, então básicamente aqui é o óbvio. Hand Traps, todas elas, Ash Blossom & Joyful Spring, Ghost Ogre & Snow Rabbit, Maxx “C”, Droll & Lock Bird e etc, todo monstro com efeito que não precisa ser invocado para não travar as limitações do deck pode ser usado. Talvez o único monstro de efeito relevante seja o Rescue Rabbit, já que ele traz mais monstros amarelos.

Mágicas:

      Obviamente que as staples comuns do meta atual são sempre bem vindas, e cartas de draw para aumentar a consistência também podem ser interessantes. Card of Demise, Pot of Desires e Pot of Duality são ótimas cartas para se usar no deck. Raigeki e Dark Hole também podem ser interessantes, já que você mal usa monstros e não tem problemas em perde-los.

      Abaixo listarei as cartas que devem ser mais usadas e que os jogadores mais devem atentar, além das óbvias cartas já do arquétipo.

Heat Wave: A carta mais óbvia de todas. Praticamente a carta que faz seu oponente passar aberto sempre e controlar os campos. Infelizmente é a carta mais cara do deck, e além disso é absurdamente difícil de achar. Se possível, sempre usar 3 cópias desse deck.

Unexpected Dai: Carta excelente e hoje de fácil acesso. Como o deck é baseado em monstros de Nível 4 amarelos, é uma carta que permite aumentar o número de monstros no seu campo mais rapidamente. Dependendo a engine, usar de 1 a 3 cartas.

Terraforming: Já que a principal carta do deck é um campo, devemos tornar esse campo mais acessível, ainda mais que o campo pode jogar sozinho. Com certeza são 3 cópias necessárias.

Set Rotation + outro Field: A Set Rotation pode servir como adicionais campos, a questão é qual usar para dar ao seu oponente? Duas opções bem válidas é a Magical Mid-Breaker Field e o Zombie World. Ambas as cartas atrapalham bastante no meta-game atual e podem ser plausível de ser utilizadas.

Painful Decision: Podendo funcionar como um buscador de monstros, talvez a carta mais genérica para gerar monstros na sua mão, já que se usam poucas cópias.

Armadilhas:

     Como nas mágicas, a que se deve usar todas as staples básicas de armadilhas caso o jogador quiser. As Solemns, e Dimensional Barriers por exemplo. Torrential Tribute também é uma opção. Porém talvez seja aqui que o deck se diferencia mais dos outros decks:

Champion’s Vigilance: Uma carta que tem um efeito excelente mas uma condição chatissíma. Uma Solemn Judgment que não paga vidas, mas qual a chance de termos o nosso Phantasm Spiral sempre no campo? Bom isso não é necessário já que o Token gerado pelos campos fazem essa mesma função! Com um efeito semelhante a uma carta banida, ela ganha destaque entre as demais, geralmente usada de 2 a 3 cópias.

Skill Drain: Talvez essa aqui não tenha muito segredo. Se os seus monstros não tem efeitos por que não fazer os monstros do oponente também não terem? Use sempre a única cópia permitida dela em seu deck.

Mirror ForceS: Aqui vai de jogador a jogador, mas geralmente é usada a Quaking Mirror Force. Deixar os monstros em defesa permite que você use e abuse ds efeitos dos equipamentos, tornando o jogo mais fácil a longo prazo. Seja qual for a Mirror a ser usada, de 2 a 3 cópias.

– As Engines:

Beast-Warriors:

       Como já havia dito no início da construção do deck, as engines ditam o ritmo de como vai ser construído, e há duas opções fortes, a primeira sendo a de Beast Warriors. As cartas que o jogador deve usar são: 3 Gene-Warped Warwolf, 3 Dragoons of Draconia e 3 Fire Formation – Tenki. Os Warwolfs são excelentes pelos seus 2000 pontos de atk, e até 2100 com as Tenkis, porque além já desse alto atk, quando equipado com a Spiral Grip ele chega aos 2600 de atk, fazendo passar na porrada por todos os monstros True Dracos e o Astrograph Sorcerer, um gigante em termo de ATK que começa virar avassalador. O Dragoons of Draconia quando colocado na escala pode ajudar a acelerar o deck, fazendo buscar mais Warwolfs e outros Dragoons, ao longo do tempo fazendo com que zere os monstros do deck apenas comprando as mágicas e armadilhas. As Fire Formation – Tenki são bem óbvias já que é uma Engine de Beast-Warriors.

Dinossauros:

       O primeiro deck meta da era moderna do jogo a usar monstros amarelos foi o Dino Rabbit, então obviamente que chegaríamos ao momento de usá-los novamente. Nessa build é necessária 3 cópias de Megalosmasher X e 3  cópias do Kabazauls, além de um Rescue Rabbit que fará esses monstros se transformarem nos Evolzars Laggia e Dolkka. Ambos podem se transformar também em um Bahamut Shark com um Toadally Awesome. Apesar de mais agressiva e também ter como buscador as Fossil Digs, ter monstros de efeito por vir a atrapalhar o efeito do campo, fazendo com que a build precise de Dark Holes caso queira mudar o caminhar do jogo.

– Bom e barato

       Talvez o maior destaque do deck fique na questão de preço. Irei mostrar a build que estive jogando para testar as cartas para o artigo, e me surpreendi como o valor desse deck pode ser básico se você tem staples básicas, tornando realmente a única carta cara, as cópias de Heat Wave. Colocarei a decklist e preços que estão na própria loja da Duel Shop(caso não houver, preço média que tenho achado com jogadores). A legenda é: Nome da carta – raridade: preço da unidade.

Monstros:

2 Phantasm Spiral Dragon – Raro: 1,99

3 Gene-Warped Warwolf – Comum: 0,99

3 Dragoons of Draconia – Raro: De jogadores em torno de 5 reais

1 Maxx C – Comum: 19,99

Mágicas:

1 Unexpected Dai – Comum: 2,99

1 Raigeki – Gold: 99,99

2 Heat Wave – Raro: De jogadores em torno de 40 reais

3 Terraforming – Comum: 3,99

3 Pot of Duality – Ultra(DUSA): 13,99

1 Set Rotation – Comum: 3,99

3 Fire Formation – Tenki – Comum/Super: De jogadores em torno de 5 reais

1 Phantasm Spiral Wave – Comum: 0,99

3 Phantasm Spiral Grip – Comum: 0,99

3 Pacifis, the Phantasm City – Raro: 1,99

1 Magical Mid Breaker Field – Comum: 0,75

Armadilhas:

3 Phantasm Spiral Battle – Raro: 1,99

2 Phantasm Spiral Power – Comum: 0,99

1 Skill Drain – Comum: De jogadores em torno de 5 reais

2 Champion’s Vigilance – Comum: 0,99

1 Solemn Warning – Comum: 12,99

(Preços das cartas em estoque retirados do site da Duel Shop dia 12/06/2017)

       Como o deck não tem extra, ele pode ser conseguido pelas contas acima pela média de 337 reais, caso você tenha que compra-lo do zero. Se desconsiderarmos staples comuns que são Raigeki, Maxx “C”, Pot of Duality e Solemn Warning, o deck chega a custar 162 reais! Um deck absurdamente divertido e que pode ser de acesso a todos.

      Eu mesmo me surpreendi com o deck e acredito que se você quer se divertir um pouco no jogo fugindo do meta esse é um bom deck. Recentemente teve bons resultados topando em torneios locais grandes e fazendo um top 16 em um regional nos Estados Unidos. Espero que gostem o tanto que gostei e se divirtam, pois dificilmente vai aparecer um deck divertido e competitivo nos próximos formatos! Abraços.

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