Fala pessoal do blog, tudo beleza? Como vocês sabem, domingo aconteceu a etapa de outubro do Duelshop Championship 2017, o DSC17. E para quem não conseguiu acompanhar a live nem participar do torneio, fica aqui um relato do que aconteceu. Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa!

– O torneio

      O DSC Julho contou com a presença de 72 jogadores que disputaram as últimas vagas para a edição final do DSC17. Como nas outras edições, tivemos o sorteio de playmats no início da rodada, aonde uma mesa era sorteada, e o vencedor levava um playmat para casa.

      Mais uma vez fui juiz, e dessa vez cuidei de todos os jogos da live do torneio, então todos os jogos que eu acompanhei de perto estão disponível no nosso canal do YouTube. Cuidar dos jogos da live é interessante porque você cuida somente de um jogo, acompanhando jogada por jogada, e diferente do floor judge que acompanha as mesas no geral, eu não tive uma visão tão boa do torneio como um todo, mas em compensação tive um entendimento ainda melhor dos decks que obtiveram o melhor desempenho domingo. E obviamente esse deck foi o Spyral.

      Diferente daquilo que eu acreditava antes do lançamento de Circuit Break, o Spyral é e continuará sendo o deck mais forte do formato até que a Konami faça alguma coisa, e ainda bem que ela fez! O volume de jogo do deck é muito maior que dos demais decks, e apesar de existirem decks mais consistentes, a diferença de consistência com o Spyral é facilmente recompensada pelo seu teto de jogada; poucos decks faziam o que o Spyral fazia, e os poucos que fazem igual não tem a consistência necessária para um torneio de mais de 5 rodadas.

      Após 7 rodadas, o top 8 foi exatamente o que todos esperavam: 8 Spyrals. Esses foram os 8 jogadores que conquistaram a vaga para o DSC Final:

1 – Guilherme Henrique Cardoso
2 – Luis Atila da Silva
3 – Rafael Reich
4 – Gabriel Medeiros Morais
5 – Ramon Teixeira da Costa
6 – Lucas Kenzou Sadakane
7 – Paulo Roberto Goncalves 
8 – Leonardo Vieira Martins

   Esse resultado foi um pouco assustador, já que dos 72 jogadores, apenas 17 estavam pilotando os Spyrals. E mesmo no top 16, outros 4 jogadores também usaram o deck, deixando claro que as demais estratégias não demonstraram ter o mesmo gás ao longo de 7 rodadas. Para comparação, o segundo deck mais usado foi o Magician com 13 pessoas, e nem de perto eles tiveram um resultado proporcional.

      E como esse resultado vem se repetindo por todo o território TCG, o movimento da “banlist de emergência” não só era óbvio, mas também necessário. Note as aspas porque a Konami prometeu nenhuma mudança antes de Novembro, e essa lista passa a valer a partir do dia 6 de novembro, meio que cumprindo a promessa anterior.

   Além deles, tivemos também os playoffs disputando outros 3 playmats da etapa. O archetype dessa vez foi um grande favorito da galera: as Trickstars. Então muita gente se esforçou para garantir esse prêmio para casa.

– O campeão

      Após 7 rodadas, 3 partidas do top e muitas mirror matches, Guilherme Cardoso se sagrou campeão da etapa, mostrando que sua ótima fase no jogo não parece que irá acabar tão cedo!

Primeiramente vamos ao seu decklist:
(Clique aqui para mais informações)

      O Botacin fez uma análise de todos os decks do top em nosso canal, mas o deck do Guilherme foi totalmente diferente dos demais. Mesmo sendo um Spyral, sua build foi feita para ser sempre o segundo no game 1, principalmente na mirror. Ele usou nada menos que 16 hand traps, usando o máximo de cópias de Maxx “C”, Ghost Ogre & Snow Rabbit, Ash Blossom & Joyous Spring, Psyframe-gear Gamma, Droll & Lock Bird e Ghost Reaper & Winter Cherries.

      Seu side deck funcionava principalmente para fortalecer o primeiro turno caso ele começasse. As três cópias Artifact Sanctum e de Solemn Strike, além da Secret Village of the Spellcasters resolvem justamente esse primeiro turno “mais fraco”, já que algumas hand traps como o Gamma e a Ghost Reaper são péssimos quando se é primeiro, assim como a terceira cópia da Ghost Ogre. E como suas opções de side deck também eram populares, Guilherme decidiu por utilizar a Forbidden Chalice justamente para lidar com os Artifact Scythe do oponente, incluindo dando uma vitória no top 4.

      Com a nova lista, talvez uma lista como essa não seja tão viável, já que o Spyral não ficará tão a frente dos demais decks do formato, diminuindo a usabilidade principalmente da Ghost Reaper drasticamente. Entretanto, o sucesso obtido com essa build deixa bem claro o que funciona ou não contra o Spyral, servindo como uma boa base para montar o seu Side Deck par ao próximo formato.

– Resumo da ópera

      Primeiramente, parabéns para os 8 primeiros colocados que conquistaram sua vaga para o DSC17 Final e se juntarão a mim e aos demais primeiros colocados das outras duas etapas do circuito! Parabenizar também o Guilherme que mostra resultados cada vez mais consistentes, se firmando como um dos melhores jogadores em atividade em nosso cenário nacional! Agradeço a todos que participaram de alguma forma do torneio, seja dando sua opinião na live ou jogando a nossa última etapa. Tivemos um bom torneio, apesar de um formato que todos esperavam ser de um deck único graças a todos vocês!

      E aguardem, pois logo menos teremos informações de como funcionará a etapa final do circuito! Até a próxima pessoal!

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