Metacall 2017 – o que esperar no nacional

17/05/2017 Hugo Fukuda

metacall

      Fala galera do blog! Sexta-feira começam as inscrições para o Nacional 2017, e com as inscrições também é feito a entrega dos decklists, ou seja, esses são os últimos dias para fechar o que vai ganhar um espaço no seu deck e o que vai ficar na pasta para um outro dia. E para isso nada melhor do que fazermos uma análise do metagame atual, vendo o que esperar no nacional! Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa!

– Zoodiacs everywhere

      Como muitos devem saber, esse fim de semana tivemos o YCS Pittsburgh, o primeiro torneio grande do formato de Maximum Crisis, mas na semana anterior já tivemos as primeiras imagens do que seria nosso metagame com os resultados dos regionais norte-americanos e alguns dos nacionais mundo afora.

Petiteranodon-SR04-EN-UR-1E      Diferente do que muitos acreditavam o deck de Dinossauro obteve um resultado muito abaixo do esperado, topando os regionais, mas não obtendo bons resultados nos nacionais nem no YCS. Para o hype que o deck tinha, esses resultados nos dizem que o jogador de fora encontrou problemas no deck para torneios mais longos, muito provavelmente as várias mãos brickadas com múltiplos Babycerasaurus ou Petiteranodon sem nenhum True King para destruí-los, mesmo com o lançamento da Dragonic Diagram.

MasterPeacetheTrueDracoslayingKing-MACR-EN-ScR-1E      Outro deck que apresentou um resultado bem abaixo do esperado foi o True Draco puro, que ficou bastante popular no OCG recentemente. O deck é voltado para invocar o Master Peace the True Dracoslaying King o mais rápido possível, usando cartas como Cards of Demise e Pot of Desires para chegar nesse objetivo. Na minha opinião, esse deck não conseguiu os resultados esperados por uma razão diferente dos dinoussauros: o deck é extremamente consistente, o problema é que a jogada que ele faz não é forte o suficiente para aguentar a volta do seu oponente. Não adianta você se voltar ao máximo para consistência e esquecer o poder de fogo do próprio deck; é a máxima do futebol do “quem não faz gol toma” aplicada no nosso jogo.

      Obviamente, se nenhum desses decks teve um grande destaque nesses grandes torneios, alguém deve ter se sobressaído, e nesse caso muito: os decks de Zoodiac. Eu digo os decks porque foram 3 builds diferentes que se destacaram: o Zoodiac Puro, o Zoodiac True Draco e o Zoodiac Kaiju.

ZoodiacRatpier-RATE-EN-SR-1E      A ideia tanto do puro quanto da com True Draco é simples: você se utiliza do combo do Zoodiac com a Fusion Substitute para comprar cartas e chegar nas diversas hand traps que o Victor comentou em seu artigo, e nas defesas do deck, sendo que o Puro busca comprar suas armadilhas como Solemn Strike e Dimensional Barrier, enquanto que o True Draco vai atrás de formas de invocar o Master Peace, de preferência durante o turno do oponente. Ambos os decks costumam estabelecer campos de primeiro turno difíceis de serem quebrados.

maxx_c      E jogando justamente em cima dessa ideia surge o Zoodiac Kaiju, que já foi bastante popular. Contando com o suporte das hand traps como Ash Blossom & Joyous Spring, Ghost Ogre & Winter Rabbit, Maxx “C” e até mesmo Droll & Lock Bird o deck enfraquece esse primeiro turno do oponente, fazendo com que o Kaiju consiga ser o suficiente para lidar com o campo que seu oponente estabelecer, voltando com o combo da Fusion Substitute para comprar de novo as mesmas hand traps. A graça aqui é que o deck tem um bom primeiro e segundo turno, abrindo mão dos primeiros turnos quase impossíveis de se quebrar das outras duas variantes.

      Prova da superioridade dos Zoodiacs, diferente do que todos acreditavam, são os resultados dos nacionais na Europa e América Latina, aonde todos os decks campeões fazia uso da engine de Zoodiac, e o top 32 do YCS Pittsburgh, aonde as 32 vagas foram conquistadas por decks contendo a engine de Zoodiac, e somente um deck não era uma das três variantes de Zoodiac acima, um Infernoid Zoodiac.

– E aqui no Brasil?

      O jogo tem evoluído bastante aqui no Brasil, o que significa que o nosso metagame está cada vez mais parecido com o metagame de fora. Mas existe um fator econômico muito forte por aqui que faz com que decks estruturais se tornem bastante popular por aqui.

images (1)      Isso significa que, diferente de lá fora, por aqui existe uma chance real de uma variante do Dinossauro se dar bem, muito provavelmente pela quantidade de jogadores. E para aqueles que querem apenas garantir sua vaga para o continental é importante não descuidar de matchups como o ABC e até mesmo o Monarca; nada de usar sides dedicados contra esses decks, mas opte por algumas cartas genéricas como Solemn Strike e Dark Hole para lidar com eles.

      E claro, se prepare contra o óbvio. Kaijus devem ser de longe uma das opções mais versáteis, tanto para o side quanto para o main. Ele lida com uma quantidade de ameaças gigante, não é tão ruim se vir em par na mão e tem na Interrupted Kaiju Slumber uma das melhores formas de limpar o campo do oponente do jogo.

images (2)      Prefira também usar Cosmic Cyclone ao invés de Twin Twisters ou Mystical Space Typhoon. Metalfoes ainda será uma opção popular por aqui, já que ele permite combinações tanto com o Zoodiac quanto os True Draco, ou ainda os dois, e as mágicas e armadilhas dos True Draco são as últimas coisas que você quer enviar para o cemitério.

      Última coisa é prestar atenção aos dark horses, decks que aparecem do nada e podem conseguir bons resultados. Aqui no Brasil entram nessa categoria os decks de formatos passados. Paleozoic Frogs é de longe o mais perigoso, pois ele já demonstrou que pode assustar em torneios passados caso encontre ambientes pouco preparados para enfrenta-los, como foi em Atlanta no YCS.

– Resumo da ópera

      Este com certeza é o momento de fechar os últimos detalhes do seu deck, e espero que esse metacall ajude com isso. Lembrem-se que essa é a minha visão do jogo, então pode ser que vocês discordem de alguns pontos, então não deixem de comentar! Avisem seus amigos que o grande dia está chegando!

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feito por F E R A