Fala galera do blog! Espero que todos tenham tido um bom começo de ano e, assim como nós, aquele descanso merecido. Mas como tudo que é bom acaba, a gente tá de volta com os conteúdos do blog também. E hoje temos nada mais, nada menos que o terror dos juízes atualmente: Psi-Blocker. Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa!

– O monstro

      Bom, pra começar, primeiramente vamos apresentar o monstro:

      “Once per turn: You can declare 1 card name; cards with that name, and their effects, cannot be used until the End of your opponent’s next turn.”

      O efeito parece bastante simples: você declara uma carta e até o final do turno seguinte a carta e seus efeitos não podem ser usados. Seu efeito gera um lingering effect, que são aqueles efeitos que permanecem sendo aplicados mesmo que a carta saia do campo após sua resolução, o que dificulta jogar em volta de seu efeito e torna Psi-Blocker uma opção tão boa para os side decks atuais. Cartas que já estão no campo deixam de ter todos os seus efeitos aplicados: além disso, monstros não podem trocar de posição de batalha manualmente nem declarar um ataque (mas podem ser atacados); mágicas e armadilhas já setadas não podem ser ativadas.

      Mas o que exatamente é usar a carta? Isso que vamos explicar agora.

– Conceito de usar uma carta específica

      Pode parecer bastante banal ter que explicar isso, mas justamente por nuances das regras do jogo, é justamente isso que causa problemas na hora de saber o que pode e não pode ser feito com a carta declarada pelo Psi-Blocker. De modo genérico, se um monstro foi declarado ele não pode ser usado para realizar invocações Synchro, Fusão, Xyz ou Link, pois esses tipos de invocações não são genéricas, ou seja, não são quaisquer monstros que podem ser usados. Isso independentemente de onde o monstro se encontra: na sua mão, no campo ou até mesmo no cemitério do oponente.

      Entretanto, um monstro declarado pelo Psi-Blocker pode ser usado para pagar custos genéricos no campo, como por exemplo servir de tributo para a invocação de um monstro de nível 5 ou maior ou então pagar o custo de uma inovação Ritual; importante notar que, por conta disso, você pode tributar uma mágica ou armadilha contínua que foi declarado para invocar o Master Peace, the True Dracoslaying King.

      Já da mão, a carta não pode ser usada para nenhum custo ou efeito que peça especificamente a carta declarada. Você pode, por exemplo, descartar um da sua mão B – Buster Drake para pagar o custo de ativação da Twin Twisters; entretanto eu não posso revelar um Blue-Eyes White Dragon para pagar o custo de ativação do Blue-Eyes Alternative White Dragon.

      Uma outra interação muito importante é com o deck: cartas declaradas pelo Blocker não podem ser adicionadas por efeitos que especifiquem exatamente ela. Por exemplo: eu posso ativar The Melody of Awakening Dragon e buscar o Blue-Eyes White Dragon em seu efeito já que ela pede qualquer dragão com 3000 de ataque ou mais e 2500 de defesa ou menos, mas não posso adicionar o Blue-Eyes pelo efeito da The White Stone of Legend porque ele adiciona especificamente o Blue-Eyes.

– Interações populares no meta atual

      Como meus professores sempre diziam na faculdade, o conceito fica muito mais claro quando se usa um exemplo próximo de nossa realidade. E aqui, nada melhor do que usar exemplos do nosso metagame. O principal uso do Psi-Blcoker contra os decks de ABC-Buster Dragon é justamente impedir que a fusão entre em campo. Entretanto, graças a forma que ele funciona, a melhor forma de pará-lo não é declarando o próprio ABC, mas sim uma das suas letras, porque dessa forma ele não consegue pagar o custo de invocação dele do Extra Deck e ainda perde o efeito de um dos 3 monstros do deck. Mas vale notar que nessa situação seu oponente pode invocar o ABC sem ser do Extra, como por exemplo renascendo do cemitério.

      Umas das interações mais complexas é contra o deck de Spyral. Como todos sabem, o archetype gira em torno do Sypral Super Agent, fazendo com que muitas cartas precisem e outras cartas sejam tratadas como ele para fazer o deck funcionar. Por conta disso, uma das situações mais comum é o Psi-Blcoker declarar o Super Agent em seu efeito.

      Nesse caso, obviamente, seu oponente não pode invoca-lo nem usar os seus efeitos. As coisas ficam mais complexas no caso do Spyral Double Helix e do Spyral Tough. Ambos tem um efeito em comum, são tratados como o Super Agent no campo ou no cemitério. Isso permite com que ambos possam ser invocados do Extra Deck ou da mão, respectivamente. Nessa situação, assim que os monstros tocam o campo eles se tornam Super Agent, e a partir desse ponto seus efeitos deixam de ser aplicados, e todas as regras acima passam a valer para eles. Isso é relevante porque como eles continuam sendo Super Agent, permite que o Spyral Quik-Fix use seu efeito de renascer.

      Na matchup contra o Magician, a interação mais estranha é com o Psy-Framelord Omega. Caso seu oponente use o efeito dele de se banir e retornar no próximo turno dele, e durante o seu você utilize o efeito do Blocker declarando o Omega, na Standby Phase do seu oponente o Omega não retorna para o campo e é enviado para o cemitério já ele retornar para o campo é usa-lo especificamente, enquanto que a carta volta pra mão do oponente.

– Resumo da ópera

      O Psi-Blocker está se tornando o Side Deck mais popular do deck de Magician, e por razões óbvias. A grande versatilidade dele em lidar com qualquer matchup é perfeito para uma carta de Side, mas ao mesmo tempo exige um vasto conhecimento por parte de seu usuário para obter os resultados esperados. A quantidade de interações complicadas que a carta gera é só mais um ponto a favor da complexidade da carta, e ao mesmo tempo da força que o mesmo tem para destruir alguns dos decks mais populares do formato.

      Espero que todos continuem nos acompanhando neste ano de 2018, seja no blog ou no canal do YouTube, porque produzimos todo esse material para vocês! Então feliz 2018 a todos com muitos tops, e até a próxima!

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