Continuando os artigos sobre o Legendary Dragon Decks, vou falar hoje do Cyber Dragon. Mas não da estratégia em si, pois o que o deck nos fornece são reprints muito generosos das cartas do deck, inclusive em novas raridades. Venho de uma carta especifica do deck, e o impacto que ela tera em nosso metagame: Chimeratech Megafleet Dragon! Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa!

– A carta

      A Chimeratech Megafleet Dragon segue uma tendência lançada com a Chimeratech Fortress Dragon para o archetype, que é fazer fusões de contato com o seu Cyber Dragon junto com monstros no campo, sejam seus ou do seu oponente. A Fortress era bastante específica, já que ela pedia monstros do tipo Máquina como materiais, e ganhava 1000 de ataque para cada monstro usado para fazê-la.

      Mas a Megafleet é diferente, pois ela é extremamente genérica: ela pede monstros posicionados nas Extra Monster Zone como materiais extras além do Cyber Dragon. Apesar do boost de ataque dela ser maior do que da Fortress, de 1200 de ataque, o seu teto de ataque é bem mais baixo, tendo um máximo de 2400 de ataque. Entretanto, poucos decks não utilizam a Extra Monster Zone, o que significa que ela dificilmente será uma carta morta, desde que você consiga acessar o seu Cyber Dragon, ou algum dos vários monstros que copiam o seu nome no campo.

      Outro ponto interessante é que a Megafleet não pode ser usada como material de fusão; ou seja, o seu oponente não pode usar o Cyber Dragon dele e a sua Megafleet para ele fazer a Megafleet do Extra Deck dele, tornando ela um pouco menos fácil de se lidar no campo.

– O impacto direto

      Em nosso metagame existe 3 tipos de decks: decks que não utilizam o Extra Deck, como o True Draco Demise ou o Monarca; decks que utilizam um monstro de cada vez na Extra Monster Zone, como o Invoked True Draco e o Dinossauro; e decks que se utilizam de monstros Links para estender suas jogadas, como o World Chalice e o futuro Spyral. Decks que não usam o Extra Deck, obviamente, não serão impactados por essa carta. Entretanto os outros dois tipos de deck, que consiste da maioria do nosso metagame, não pode dizer o mesmo.

      Decks que se utilizam de um único monstro vindo do Extra Deck de cada vez costuma depender de monstros bastantes fortes, que causam grande impacto no andamento do jogo, como por exemplo Invoked Mechaba e Evolzar Laggia. Dessa forma, um simples Cyber Dragon acaba lidando com esses monstros, facilitando a sua vida durante ao menos esse turno. E a principal diferença do Megafleet para os seus substitutos mais óbvios nessa situação, os populares Kaijus, é o fato de que o monstro vem para você, o que te permite ter, na pior das hipóteses, um monstro para defender seus pontos de vida depois de tirar a ameaça do campo do oponente, mas geralmente acaba se tornando um monstro a mais para fazer os seus monstros Links, de forma semelhante como a Instant Fusion funciona junto com o Thousand-Eyes Restrict.

      Mas o impacto maior é contra os decks que abusam dos Links. Como muitos de vocês devem saber, existe uma forma de ocupar as duas Extra Monster Zone, formando um caminho de monstros co-linkados entre as duas zonas sem diagonais. O Spyral é muito popular por conseguir alcançar isso com poucos recursos, limitando ainda mais as opções de jogadas do oponente. Graças ao Megafleet você não precisa mais de um mass removal como Raigeki ou Dark Hole para poder acessar novamente seu Extra Deck, tornando o Cyber Dragon mais uma opção.

      Pode parecer bem bobo, mas isso pode causar um impacto bastante significativo nos decks que abusam dos Links. Atualmente, a principal defesa desses decks se baseia em alguns Firewall Dragon, e graças a condição de invocação do Cyber Dragon, o Firewall não pode impedir a entrada do Megafleet no campo, o que significa que o(s) monstro(s) do seu oponente na Extra Monster Zone com certeza sairão do campo.

      Por outro lado, com o lançamento futuro do Structure Deck de Ciberso outro monstro Link fará parte das linhas de defesa desses decks: Tri-Gate Wizard, que quando co-linkado com 3 monstros ele pode negar um efeito uma vez por turno. Caso seu oponente faça ele e o combo ocupando as duas Extra Monster Zone, o seu Megafleet fica com 2400 de ataque, mais que o suficiente para ataca-lo, já que o Tri-Gate tem 2200 de ataque. Sem contar que nada impede que você utilize tanto os Cyber Dragon quanto os Kaijus no Main e Side Deck, tornando a vida dos monstros de Extra ainda mais complicadas.

– O impacto indireto

      Com o Megafleet, a popularização do Cyber Dragon, seja no Main ou no Side Deck, não seria estranho, já que ele por si só é uma carta boa, e ajudar a lidar com algumas ameaças específicas só o torna mais versátil. O ponto é que tanto o Megafleet quanto o Fortress são monstros de Extra Deck, o que te permite deixa-los lá disponíveis até o momento necessário. O ponto do Megafleet já foi abordado, mas o Fortress pode ser uma boa opção contra dois decks que estão se mostrando cada vez mais populares em nosso meta atual: o Kozmo e o ABC-Dragon Buster.

      Ambas as estratégias são velhas conhecidas tanto do pessoal casual quanto do pessoal competitivo, e dispensam comentários. Entretanto eles não precisam se preparar para lidar com a Chimeratech Fortress Dragon porque dificilmente alguém abriria mão em seu Side Deck para o Cyber Dragon e para a Fortress. Mas o Megafleet torna isso tudo diferente. Fortress, para o Kozmo, é ainda mais prejudicial do que um Kaiju, já que você perde o efeito de trazer um outro Kozmo do deck de suas naves, enquanto que seu oponente ganha um monstro de pelo menos 2000 de ataque sem ter usado o Normal Summon.

      O ABC é um pouco diferente, já que o próprio ABC-Dragon Buster consegue lidar sozinho com um único Cyber Dragon, mas não com dois. Mesmo você trazendo as três letras de volta para o campo e ativando os seus efeitos caso ele os usem para fazer a Fortress, em algumas situações um monstro de 4000 de ataque pode ser um problema para se lidar.

– Resumo da ópera

      O lançamento de uma única carta de Extra Deck pode causar um impacto gigantesco no deckbuilding e no metagame como um todo. Lidar com novas e velhas ameaças pode ser demais para algumas estratégias. Além disso, a versatilidade do Cyber Dragon permite com que ambas as Chimeratechs sejam de fato um problema para se lidar. Dificilmente um deck terá dificuldades em utilizar essas cartas caso elas se mostrem necessários.

      Graças ao reprint do Galaxy Soldier na Battle of Legends – Light’s Revenge, o deck de Cyber Dragon, o favorito de muitos jogadores menos competitivos (eu incluso) se torne ainda mais acessível, e vários reprints como Drowning Mirror Force, Storming Mirror Force e Blazing Mirror Force valorizarão ainda mais esse deck. Então aproveitem seus Cyber Dragons e se prepare para lidar com o Extra Deck do seu oponente!

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