Atualizando o Metagame!

17/03/2017 Rodrigo Torres

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      Depois dessa semana sobre o jogo competitivo, vamos terminá-la com o resumão, mostrando resultados e como os decks se comportaram nesse 1 mês e alguns dias de formato pós RATE. O Zoodiac abalou, chegou com tudo, e se provou ser de fato o melhor deck do formato. Mas e os outros? O que houve com todos os outros decks que prometiam jogar com Zoodiac ou enfrentar o Zoodiac pau a pau? Veremos a seguir os resultados e como as decklists evoluíram.


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(Sorriso simpático)

Zoodiacs em todo lugar.

      É absolutamente impossível falar do metagame atual sem falar de Zoodiacs. Prometeram e cumpriram, nos 2 YCS que tivemos ele pegou 58 das 64 vagas totais no Top, mais de 90%! Porém não apenas com suas versões consideradas mais puras, que geralmente se enquadra nas builds que usam 3 Florato, 2-3 Rabochicote e 2 Briolâmina, e sim em diversos locais, mas começaremos com a versão pura. A versão que vai mais Zoodiacs ganhou o YCS aproveitando o poder de ataque dos Kaijus, uma versão que joga simples e que com duas cartas, uma Kaiju Slumber e qualquer carta que pode se tornar um Florato, dava otks facilmente. Assim se iniciava uma grande levas de Kaijus Zoodiacs, que começaram a se quebrada pelos Pure Zoodiacs, que iam menos monstros porém maior quantidades de Traps, fazendo com que tivessem uma Match melhor contra o Kaiju Zoodiac. Muitas techs apareceram nesse intervalo, como as Mirror Forces, My Body as a Shield, Full Force Virus com Antitópia, e principalmente os Artifacts. Todas as cartas prometidas para enfrentar esse deck de uma forma ou outra surtiram efeito, porém sua versão mais pura e mais consistente ganhou torneios e se mostrou a mais segura para jogar em longos torneios. Após o YCS Atlanta surgiu um novo combo que caiu nas graças dos jogadores, o combo da Fusion Substitute com a Lunalight Black Sheep, fazendo com que 1 Florato rodasse mais o deck e comprasse 3 cartas já tirando 2, a custo de alguns espaços no main. Talvez a tech mais adaptada para o deck e mais bem aceita, já que com ela você chegava nas cartas que proibem o oponente de jogar YuGiOh.

      Já outros decks começaram a usar os Combos do Zoodiac, e o nosso primeiro exemplo é o Kozmo! Tirando as interações óbvias de Barrage e Drident com Kozmotown e Naves, o grande destaque aqui fica para o Performapal King Bear, um alvo buscável pelo Broadbull e que na end phase te permitia novamente revelar um Dark Destroyer no Tincan, já que mesmo se ele fosse para o cemitério, o urso recuperaria a grande nave para a mão. Esse deck já chegou até ganhar um pequeno torneio na Duel Shop, mas apareceu pouco em outros países. Já o Metalfoes é um deck que tinha um ganho real com os Zoodiacs, já que facilmente usava de 2 level 4 para fazer o Broadbull, adicionar o Rato e jogar ele para o cemitério com uma carta de fusão e ai começar a gerar os combos, além de ter os Bunbukus e Silverd, que são level 3 e que podem fazer fácilmente o M-X-Saber Invoker para também iniciar jogadas. Em breve teremos o lançamento também do Baobaboon, uma outra carta que auxilia muito os Metalfoes e alguns outros decks, para dar Invokers facilmente. Continuando a rodar mundo a fora, recentemente tivemos um Spyral Zoodiacs, que usava dos monstros lv4 Spyral para controlar o campo com auxílio do Zoodiac Drident, trazendo uma presença de campo muito forte impedindo o adversário de jogar. Burning Abyss, Shaddolls e Lightsworns também tiveram auxílio e toparam graças aos Zoodiacs, enquanto os Burning Abyss servem como um fazedor de Invoker, o Zoodiac faz o Emeral para reciclar Beatrice, Tour Guide e Cir, para os Shaddolls e Lightsworns e habilidade dos Zoodiacs fazerem Bujintei Kagutsuchi, uma carta muito forte só que com uma restrição até então grande, fez esses decks renascerem no cenário. O fato dos Shaddolls serem também forte contra Zoodiacs fez muita gente adaptar uma engine de geralmente 4-5 Shaddolls e 3 Shaddoll Fusion para forçar os Dridents ou parar à base da Winda, ou jogar o Florato para o cemitério e dar uma instant fusion dentre outros. A última variante de destaque foi o PaleoZoodiac, que consiste em mais uma soma de engines que controlam o jogo e explodem, enfrentar Dridents com um Toadally Awesome do lado é algo desesperador, recheado então de Lost Winds, e outros Paleozoics faz o deck ser temido por muitos jogadores.

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(“Terminarei, oque você começou!”)

Os que tentaram tirar o titúlo dos Zoodiacs.

      Já que falamos de Paleozoics, começaremos por eles que levaram o troféu do YCS Atlanta, 2 semanas depois de Seattle, um Paleozoic levou o torneio com destaque às Storming Mirror Force e a falta de side. O Zoodiac naturalmente já tem um problema em lidar com cartas viradas para baixo e por isso os jogadores preferem tomar essas cartas de uma forma mais calculada ao invés de tentar por coisas que pode, auxiliar nisso, porém não foi o suficiente em Atlanta, e o trio de Storming Mirror Forces atrapalhou demais, fazendo com que varios jogadores começassem a adaptar à Mirror Force que mais lhe convém. Paleozoic talvez seja hoje o maior predador do Zoodiac, já que existem inúmeras cartas que podem atrapalhar nos combos e jogadas fácilmente. O próximo rival é um deck que prometia já rivalizar, os Infernoids inicialmente eram o suposto adversário porém não houve muito espaço e eles foram devorados pelos Zoodiacs, até porque o side contra um Infernoid é muito mais efetivo que um side contra Zoodiacs, fora a questão de o jogador precisar abrir com as cartas certas se não ele não aguentará o volume de jogo do Zoodiac, uma aposta que lá foram não deu muito resultado em torneios longos, porém aqui na Duel Shop o deck levou dois semanais seguidos, sem o auxílio dos Zoodiacs. Duas semanas depois do lançamento do RATE, a coleção FUEN prometia trazer um novo adversário para o cenário, os Invoked com algumas variação. As duas mais chamativas eram com Zoodiacs ou com WindWitchs, as com Zoodiacs não deram certo, e quem topou dizia que não era o melhor deck a junção dos dois, porém a versão com WindWitch chegou levar torneios regionals de mais de 200 jogadores mundo a fora, e foi o deck invicto nas 11 rodadas de Atlanta.

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(“Hum, Maxx C?”)

Outros decks fora do comum.

      Alguns outros decks que estavam sumidos ou não existe começaram a dar as caras e se tornarem relevantes no cenário, o de maior destaque foi o Chain Burn. Um deck com mais de 10 anos e voltou para o jogo graças a cartas como Card of Demise, Pot of Desires, e a dificuldade do Zoodiac lidar com cartas setadas, esse deck tem aparecido em muitos torneios conquistando altas posições com diferentes variações, das mais tradicionais, até versões com Zoodiac ou Magician of Faith, para voltar as mágicas chaves como Card of Demise ou Chain Strike. Um outro deck que apareceu também foi o WindWitch Speedroid, conhecido por poder fazer até 3 Crystal Wing Synchro Dragon em seu primeiro turno, se torna um deck forte contra os Zoodiacs já que não toma cards como Raigeki e Kaiju Slumber. Um outro deck totalmente inesperado surgiu foi o Skull Servant, um deck simples e que pode acabar com jogos em poucas cartas, fora o destaque que todo jogador inicialmente já pensou em usar um Rei dos Servos Caveiras. Um outro deck que chegou aparecer em torneios menores e chamou atenção pelo baixo valor foi o Lightsworn Ties, que consistia em usar Raiden + Garoth + Ehren e uma Ties of the Brethren para dar seu efeito e comprar muitas cartas enquanto millava muitas, podendo dar diversos draws e jogando muitas Fairy Tail – Snow para o cemitério, carta muito forte no cenário competitivo atual.

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(Meus pobres ABCs)

Você se lembra desses decks?

      Junto a esse meio todo de decks que surgiram, muitos outros desapareceram. Mesmo sem uma banlist a quase 7 meses, vários decks que surgiram nesse meio de caminho já desapareceram. Esses decks aqui mal deram certo até com as misturas usando Invokeds e Zoodiacs. O primeiro de todos é óbvio, o ABC sumiu do mapa, não aguentando as matchups dos dias de hoje contra Invokeds, Nois e Zoodiacs, o deck simplesmente se tornou uma opção apenas para diversão entre os jogadores, perdendo totalmente seu prestígio. Mermails também deram uma queda, já que eram incapazes de dar otks encima dos Dridents e de resolver Neptabyss, o que fez a ruína do deck nos dias de hoje. D/D/D foi o deck que veio mais rápido e já foi, com jogadas complicadas e cartas difíceis de se achar hoje, ele nem chegou muito cair na graça do povo, até porque foi lançado muito próximo ao RATE, fazendo com que a galera esperasse pelos Zoodiacs e outros. Majespecter Ties simplesmente foi esquecido, já que o Meta tem muitas cartas que o derrotam, sendo recheado de Dimensional Barriers e Solemn Strikes. Outro deck muito comum no brasil, o HERO simplesmente sucumbe ao poder de destruição de qualquer variante de Zoodiac e não há traps suficientes para se defender, fazendo com que seu poderoso Dark Law, seja um alvo fácil.

      No próximo final de semana teremos o regional da temporada do RATE, que promete muitos jogadores e muitas surpresas. Quem será o ganhador? Que deck será o destaque? E mundo a fora o principal evento fica com o YCS Praga, primeiro YCS em território europeu com a coleção RATE, onde geralmente os jogadores têm estilos de jogos diferentes dos americanos, podendo aparecer muitas outras surpresas no top(mas isso não significa que não sejam Zoodiacs!). Uma boa sorte a todos os jogadores que irão participar do regional e do DSC17 Abril, e até mais!

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feito por F E R A